Escrito na década de 1990.
"Segue em frente, siga tua vida
Sem rumo, sem futuro
A procura de um refugio
Sua luta por comida, abrigo, dormida
Será sempre uma vida severina
A fé em Deus nunca esmorece
Mesmo durante a seca d’agua
Vendo a terra rachar e os bichos morrer
Vendo as lagrimas magras de vossos filhos
E tendo que abandonar seu “habitat”
Tens tudo para perder sua fé
Mas nada muda sua esperança e crença
Segue sua sina, sua procura por algo
Persegue seu sonho de vida
Que às vezes nem sabes qual é
Quer apenas ser reconhecido como cidadão
Quer apenas ter o direito de viver
Não ser mais estatística do governo
Não ser mais um “Severino” sem pão
A grande metrópole torna-se seu destino
A favela marginalizada sua morada
E a exclusão da sociedade o alimento para seu ódio
Você não quer empunhar uma arma
Pois é homem de bem que veio do sertão
Mas como manter o sonho d éter seu pedaço de chão?
Se até o direito de viver tentam lhe arrancar."
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