quarta-feira, 20 de abril de 2011
DROGAS
CATEDRAL
Ter que se iludir ao se encontrar
Com mecanismos de uma bruta ilusão
E não sentir o que é real
O que é viver, o que é ser,
Se já não sente se ser
Drogado é ânsia de não ter querer
P'ra que fugir
Se os problemas
Sempre vão amanhecer com você
E não tem fim
Droga, de só querer usar mais drogas
Há tanta coisa p'ra saber,
São tantos rumos p'ra tomar,
São tantas provas p'ra vencer,
Mas como se você
Em uma seringa precisar se esconder
P'ra não enfrentar,
A covardia sempre vai te perturbar
Vai acabar com você.
CATEDRAL
Ter que se iludir ao se encontrar
Com mecanismos de uma bruta ilusão
E não sentir o que é real
O que é viver, o que é ser,
Se já não sente se ser
Drogado é ânsia de não ter querer
P'ra que fugir
Se os problemas
Sempre vão amanhecer com você
E não tem fim
Droga, de só querer usar mais drogas
Há tanta coisa p'ra saber,
São tantos rumos p'ra tomar,
São tantas provas p'ra vencer,
Mas como se você
Em uma seringa precisar se esconder
P'ra não enfrentar,
A covardia sempre vai te perturbar
Vai acabar com você.
O NOSSO AMOR
O Nosso Amor
Catedral
Eu não sei bem o que vou dizer
Mas mesmo assim você fala o que eu quero
Eu nem sei o que devo fazer
Mas mesmo assim você faz o que eu gosto
Nossas pegadas no chão, um coração...
Te amar é mais que um prazer
Como é bom precisar de você
Eu não vou deixar morrer o nosso amor
Te amar é maior que querer
É viver, é sonhar, entender
Eu não vou deixar morrer o nosso amor
O nosso amor
Nossas pegadas no chão, um coração...
Te amar é mais que um prazer
Como é bom precisar de você
Eu não vou deixar morrer o nosso amor
Te amar é maior que querer
É viver, é sonhar, entender
Eu não vou deixar morrer o nosso amor
O nosso amor
Catedral
Eu não sei bem o que vou dizer
Mas mesmo assim você fala o que eu quero
Eu nem sei o que devo fazer
Mas mesmo assim você faz o que eu gosto
Nossas pegadas no chão, um coração...
Te amar é mais que um prazer
Como é bom precisar de você
Eu não vou deixar morrer o nosso amor
Te amar é maior que querer
É viver, é sonhar, entender
Eu não vou deixar morrer o nosso amor
O nosso amor
Nossas pegadas no chão, um coração...
Te amar é mais que um prazer
Como é bom precisar de você
Eu não vou deixar morrer o nosso amor
Te amar é maior que querer
É viver, é sonhar, entender
Eu não vou deixar morrer o nosso amor
O nosso amor
Quero
Ica, você me deu uma cópia desta poesia de Drummond há uns 20 anos, acho que não dei a atenção necessária, mas vejo que agora é válida.
Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.
Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.
Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
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