quarta-feira, 30 de novembro de 2011

D. Hilce ....



Escrevo em 20 de Novembro do ano de Nosso Senhor de 2011, amanhã fará três anos que D. Hilce nos deixou, deixou fisicamente, pois a lembrança e a presença dela nunca nos abandonaram, na casa em Poções tudo lembra D. Hilce.
Ela tinha uma personalidade forte, marcante, conseguia ser "braba" e meiga, amava (continua amando) seus filhos como a maioria das mães ama, mas D. Hilce era diferente, pelo menos para mim. Ela não tinha esta coisa de proteger quando errávamos, apontava os nossos erros, brigava e nos fazia compreender que na vida devemos pagar pelos erros, era uma educadora no real sentido da palavra.
Foi difícil acompanhar seu sofrimento, até hoje trago comigo a dor de não ter me despedido dela, mas sei que ela me perdoou pelos meus erros, pois ela era mãe, a minha mãe.
Incrível que só fui me lembrar desta data agora a pouco, mas passo boa parte do ano lembrando-me dela, e parece que à medida que vamos envelhecendo as lembranças da infância vão ficando mais fortes, lembro dos Natais (será este mesmo o plural de Natal?) e de como saíamos para fazer as compras, roupas novas, da organização e enfeites de nossa casa. Ela gostava de fazer festa e há poucos dias comemoramos os 15 anos de minha filha mais nova, lembramos dela, ainda pensei em meu discurso citá-la (é verdade eu fiz um discurso na festa de Bruna), mas fiquei com medo de fazer "Seu" Nelito desabar, me calei e improvisei, lembrei dela, mas não citei.
Hoje, véspera do aniversário de sua partida (coisa estranha isto de aniversário de partida), procurei no dicionário o significado exato de aniversário e cabe também para se dizer aniversário da morte. Triste mesmo é a palavra morte, mas é o destino de todos nós, um dia qualquer iremos encará-la de frente e pronto... Bem, não é sobre a morte que quero escrever, mas sim sobre D. Hilce, não sobre o aniversário de sua partida, mas sim da saudade e boas lembranças que dela ficaram.
Chegando o fim de ano a lembrança dela sempre fica mais forte, exatamente por que ela gostava de fazer festa, de festejar, de se produzir, e como ela gostava de se arrumar e ficar bonita, cara de sorte meu pai e de tabela eu e meus irmãos porque tivemos uma mãe tão bela.
Esta faltando letras, palavras para escrever sobre D. Hilce, esta ficando difícil expressar todos meus sentimentos e saudades dela, felizmente meus filhos puderam conhecê-la um pouco, curtiram a avó e a vida tem que continuar.
Saudades eternas D. Hilce.

3 comentários:

flavão disse...

Marcão,

Amei o que você escreveu e pode ter certeza que é isso mesmo que todos nós sentimos.

Beijos

Unknown disse...

Engraçado que sempre fica a sensação de algo inacabado, gostaria mesmo de conseguir expressar todo meu sentimento em palavras, mas fica difícil...amo vocês.

Clara Sa disse...

Sempre terá algo a ser dito, algo a ser feito, algo inacabado, pois o que foi o mais perfeito e o mais lindo dos gestos e as palavras mais completas foram realizada na cruz. Tudo o que precisava ser feito foi feito naquele dia, tudo o que era pra ser dito foi citado ali.
Você, Marco, não é o unico que deixou muito a ser dito e a ser realizado, porém todos nós temos ainda chance de fazer de concretizar muitas coisas, para que o amanhã não nos supreenda. Bj